Intervenção na marginal de Amora/Núcleo de Náutica de Recreio ( ou muita parra e pouca uva )

Tendo sido motivo de um encontro do Fórum Seixal os trabalhos de arranjo do espaço adjacente à Rua da Mundet em Amora, junto à Associação Naval Amorense, bem como da colocação de uma estrutura de acesso à baía, deverão  estar terminados nas próximas semanas/meses.  

Ora, (também) porque me parece que a apresentação é pouco clara, penso que vale a pena escrever sobre o tema; e desde logo parece-me premente chamar à atenção para alguns pontos… 
Antes de mais, diria que o que se vai de facto fazer é pouco para o que a zona necessita e merece – e passo a explicar o meu ponto de vista: cresci na zona antiga de Amora, perto da zona em questão; e desde que me conheço que aquele local estava “como estava”; sendo que uma intervenção para valorizar o espaço até será bem-vinda. Igualmente, e face à proximidade da Associação Naval Amorense, e mesmo do Clube de Canoagem, a colocação de uma estrutura para acesso à água (e nomeadamente que permita ir directamente de terra até à zona do leito da baía que permanece com água mesmo em maré baixa) parece-me potencialmente útil.

Contudo, impõe-se perguntar: 
Antes de mais, face à relação de grandeza entre o orçamento da Câmara (mais de 80 milhões de euros), o facto de (como aconteceu no passado) haver o excedente de alguns milhões a transitar para o ano seguinte de exercício; e o valor para esta intervenção em especifico (menos de 108 mil euros)… sendo este um desejo do executivo, não valia mais que esta intervenção tivesse sido já feita?

Adicionalmente, é importante notar: chamar uma intervenção de 1ª fase levaria a pressupor um articular para uma 2ª (ou mais) fase(s)… contudo tendo questionado o sr. Presidente da Câmara na ultima sessão ordinária da Assembleia Municipal do Seixal (em 17/04/2017), em termos concretos, para o futuro...  há intenções! Como havia sido dito no referido encontro do Fórum Seixal... para o futuro, intenções! Ou seja não há nem agendamento para uma intervenção adicional, nem me foi apontado um valor ou ordem de valores para o potencial concretizar das intenções expressas.

Portanto, e como dizia desde o inicio, sem colocar em causa  a potencial mais valia da intervenção… ao leitor não parece “curto”? É que na prática estamos a falar de arranjar um (pequeno) jardim e colocar uma estrutura de acesso à água... 

É que por exemplo, será de lembrar que a única rua que actualmente permite  acesso ao local, seja a pé, seja por veículos automóveis, é exactamente a Rua da Mundet, que como é visivel na foto em baixo neste post nem sequer tem passeios… e como digo, não é de agora…




Conselho Municipal da Juventude no Seixal

Ouvir quem mais sente as necessidades e dificuldades associadas a uma dada temática; ou simplesmente tem melhor “linha de vista” para descortinar determinada oportunidade de acção, será de elementar bom senso no processo de tomada de posições.

Fomentar o debate e o diálogo entre diferentes intervenientes; possibilitando a troca de informação e a discussão de ideias; não só é uma excelente ideia quando pensamos em medidas para o futuro, como uma demonstração de espírito democrático.

Pensar no aplicar destas premissas no concelho do Seixal, à temática da juventude e em particular aos jovens do nosso concelho, leva-nos à conclusão óbvia da potencial mais-valia da criação de um Conselho Municipal da Juventude – órgão já previsto legalmente, e adoptado um muitos conselhos pelo país... contudo o executivo CDU que dirige a nossa Câmara continua a rejeitar esta opção. 

Porque o PS defende a criação do Conselho Municipal da Juventude no concelho do Seixal; na 1ªSessão Ordinária de 2017 da Assembleia Municipal do Seixal, a bancada do PS apresentou neste âmbito a seguinte moção:  


Moção PS: Conselho Municipal da Juventude


É de referir que esta moção foi chumbada, com:
    - Votos a favor: PS, PSD, BE e CDS 
    - Votos contra: CDU


Tristemente o posicionamento da CDU no Seixal sobre esta temática não é novo... 
Com isso perdem os nossos jovens e perde o Seixal.

Os novos quartéis de bombeiros no Seixal


Os mal entendidos não são uma coisa boa… Vale sempre a pena esclarecer.

Junto à Estrada Nacional 10, do lado direito de quem viaja na direcção Corroios-Cruz de Pau, mais concretamente junto ao complexo desportivo Carla Sacramento, consta um cartaz no terreno cedido para a construção do novo quartel para os Bombeiros Mistos De Amora, cuja foto está na imagem deste post.
Igualmente na imagem, está a capa de uma edição recente do Boletim Municipal, a fazer o anúncio do novo quartel para os Bombeiros Mistos do Concelho do Seixal em Fernão Ferro.

Porque me parece mais importante esclarecer as pessoas que tentar capitalizar descontentamentos incoerentes, vou tentar ajudar:
Sobre o quartel em Fernão Ferro (como consta da própria edição do boletim municipal) foi aprovada a candidatura a um programa de fundos europeus – concretamente ao POSEUR ; e dessa forma conseguido financiamento para 85% do valor estimado da obra. A CMS (Câmara Municipal do Seixal), e aqui quero referir que na minha opinião bem, decidiu apoiar os bombeiros, financiando os 15% restantes e assim viabilizar a obra.
Para o quartel que servirá os Bombeiros Mistos De Amora, e que será construído no terreno onde está o cartaz, o processo é (segundo os esclarecimentos do presidente  da CMS em sessão da Assembleia Municipal) semelhante – a candidatura ao mesmo programa, se aprovada, permitirá aceder a verbas para cobrir 85% do valor da obra, sendo novamente os 15% restantes assegurados pela CMS que assim apoia os bombeiros – novamente posso esclarecer que concordo com este apoio.

Assim, não se espera financiamento do governo para o quartel (ao contrario do que diz o cartaz), mas sim a resposta de uma candidatura a fundos europeus – não se trata portanto de dinheiro do orçamento de estado; a única intervenção estatal esperada tem a  ver com a gestão dos fundos - concretizando: como acontece com a generalidade dos fundos europeus, o acesso a estas verbas é realizada por via de uma instância governamental que intermedeia a aplicação dos fundos pelo país, autorizando, chumbando ou prioritizando os investimentos no tempo.

Foi portanto “dado o ok” para uma das duas candidaturas apresentadas de novos quartéis para o concelho; esperamos que seja “dado o ok” para a segunda tão cedo quanto possível. 
A utilidade do cartaz aqui apresentado ... bem ... não creio que seja parte da candidatura aos fundos ... 


(naturalmente todos gostaríamos que houvesse verbas com abundancia para distribuir a todos e com a maior celeridade possível – fica a nota para a os eurocépticos, que de facto os fundos europeus dão jeito)


As obras no centro histórico do Seixal (ou um remake das obras de "santa engrácia")

Já a outros propósitos referi no passado que é possível concordar com determinado projecto ou objectivo, e discordar da forma como se conduz o processo mediante o qual tentamos alcançá-lo.
O centro histórico do Seixal está, e desde já à bastante tempo em obras. Vale a pena ver algumas fotos (à data de 08/01/2017):


Vamos ser claros e honestos: obras invariavelmente causam transtornos e como é da sabedoria popular “Roma e Pavia não se fizeram num dia”. Contudo zelar para que se façam num período temporal tão curto quanto possível – e sobretudo respeitando os prazos contratualizados, ou infringindo-os o menos possível é o mínimo a pedir.


Adicionalmente não me parece nada de extraordinário que tendo ‘n’ pontos de intervenção, em vez de os abordar em todos em simultâneo sem terminar nenhum; poderiamos facilmente organizar uma intervenção por fases (dividindo no tempo os locais onde decorrem obras), reduzindo assim a “indisponibilidade/transtorno simultaneo”  - uma opção que causaria menos incómodo do que ter todos os pontos de intervenção em aberto durante todo o tempo.
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É de lembrar que existe comércio e existem habitantes a viver no centro histórico do Seixal... este facto, não seria apenas por si merecedor de uma maior preocupação em reduzir o incómodo causado? 

Neste âmbito recordo a moção apresentada pela bancada do PS na 1ªSessão Extraordinária de 2017 da Assembleia Municipal do Seixal:




É de referir que esta moção foi chumbada com: 
  • Votos a favor: PS, PSD e CDS 
  • Abstenção: BE 
  • Votos contra: CDU 



Da permissão ou proibição da abertura das grandes superfícies ao domingo a tarde

Na última sessão da Assembleia Municipal do Seixal (a 1ª Sessão Extraordinaria de 2017) foi discutido o regulamento municipal dos horários de funcionamento dos estabelecimentos comerciais de prestação de serviços no Município do Seixal; o(a) leitor(a) poderá aceder ao dossier, conjuntamente com a  restante documentação disponibilizada aos eleitos aqui   (mais concretamente o dossier do regulamento está entre as páginas  124 e 153)
 
Sendo o documento mais extenso e não estando "tudo errado", é-me impossivel não destacar negativamente a posição de obrigar as grandes superfícies a horários apenas aplicáveis a este tipo de estabelecimento ( mais concretamente, na proposta do executivo camarário, para o Seixal: proibição de funcionar a partir das 13h em domingos e feriados de Janeiro a Outubro; além do encerramento obrigatório nos feriados do 1º de Maio, 25 de Abril, 25 de Dezembro e 1 de Janeiro ), desde logo considero esta proibição abusiva por entender que  se entre 2 partes uma quer vender algo e outra quer comprar, e não estando sequer a referir-nos a uma matéria ou tipo de negócio mais sensivel; não me parece que faça grande sentido estar a limitar particularmente o horário em que o fazem.


Contudo não deixa de ser curiosa a argumentação do executivo para defender esta solução no Seixal, é que por exemplo entender o fecho das superfícies comerciais como incentivo á dinamização dos (eventuais) polos de atracção do concelho - como se pode ler no próprio dossier (online-ver páginas 128/129) - parece-me antes de mais estranho: são referidos alguns locais na argumentação que (à data de hoje) nem estão usualmente abertos ao público nos horários que se pretende proibir. Depois parece-me algo que por definição é errado… é suposto sermos obrigados a ir a estes (ou quaisquer outros) locais ou eventos? 


Adicionalmente há aqui um certo desfasamento com a realidade, é que no que diz respeito, por exemplo a centros comerciais, a maioria das lojas não são abrangidas pela proposta; restam poucas excepções – pensando em hipermercados (olhando o que temos hoje ou podemos vir a ter)  é de lembrar que há outros estabelecimentos comerciais no concelho que também são de grandes grupos mas que, pela sua dimensão não estão abrangidos nesta proibição; – porquê implicar apenas com superfícies específicas?

Para terminar, temos a implicação prática para os trabalhadores: um empresário ou grupo empresarial cria emprego mediante um projecto para o qual precisa de mão-de-obra; no caso de um supermercado, para assegurar ‘x’ horas de funcionamento são necessários ‘n’ trabalhadores; reduzindo o número de horas de funcionamento reduzimos essa necessidade, o que pode levar à redução de postos de trabalho, ou simplesmente do número de horas em que alguns trabalhadores exercem a sua actividade, e como consequência directa numa redução do valor do respectivo salário. Regra geral, as pessoas trabalham porque precisam, implicar-lhes com o emprego e salário não melhora a sua qualidade de vida.

Resta agora aguardar pelo previsivel recurso aos tribunais civis pelos visados por esta proibição, que em outros concelhos, tem resultado no anular de deliberações semelhantes. 

Mário Soares




Uma referência do Portugal democrático, figura maior entre os socialistas portugueses e uma das figuras mais determinantes do Portugal saído da ditadura numa definição de um caminho percorrido em conjunto com todos, pela democracia, e pela liberdade. 

Foi sem dúvida uma das figuras mais marcantes em Portugal no combate à ditadura antes do 25 de Abril de 1974 e no período do posterior PREC.  

Nascido a 7 de Dezembro de 1924, Mário Soares (de nome completo Mário Alberto Nobre Lopes Soares) faleceu em 7 de Janeiro de 2017. 

A sua actividade partidária é extensa e admirável, chegando o seu percurso pessoal a confundir-se com parte da história de um dos grandes partidos da nossa democracia o Partido Socialista. 
No PS desempenhou a função secretário-geral num total de 13 anos, sendo inicialmente eleito em 1973 (no Congresso realizado em BadMünstereifel, na Alemanha – congresso também marcado pela transformação da então Acção Socialista Portuguesa - fundada em 1964, no Partido Socialista). 

A nível do seu percurso pessoal, além do trabalho de oposição ao antigo regime, e já após o 25 de Abril será, entre outras funções, de destacar: 
  • a sua indicação como primeiro-ministro do I Governo Constitucional (1976-77), bem como do II (1978) – este com base numa coligação partidária PS/CDS; 
  • o seu regresso à liderança do governo em 1983 e até 1985 (IX Governo Constitucional) com base numa coligação partidária PS/PSD. 
  • a sua eleição como Presidente da República em 1986, e reeleição em 1991;
Ainda numa visão biográfica do seu percurso político é de referir que após exercer as funções de Presidente da República passou a membro do Conselho de Estado por inerência, e assumiu a presidência da Fundação com o seu nome, que havia sido fundada em 1991
Em 1997 foi eleito presidente da Fundação Portugal-África e em 1999 foi eleito Deputado ao Parlamento Europeu, num mandato de 1999 a 2004. Em 2007 foi nomeado presidente da Comissão da Liberdade Religiosa.

No minimo, um percurso impressionante.Os homens passam mas a sua obra perpetua-os. 
Mário Soares... dizer “Obrigado” soa a pouco, mas relembrar que hoje e no futuro os socialistas continuarão a trabalhar no seu legado será o maior, mas também o mais justo dos elogios.

  

António Guterres à frente da Organização das Nações Unidas

O primeiro dia deste ano civil marcou também o início do mandato de António Guterres à frente da Organização das Nações Unidas. 

Naturalmente não posso deixar de manifestar o meu contentamento. 

Não existindo uma "escala ou medidor de influência", este será provavelmente o caso do mais alto cargo desempenhado por um português na esfera política internacional, no mundo contemporâneo. 

Falando da personalidade em questão falamos de um homem da esquerda democrática, que sempre pautou a sua actuação pela competência, rigor e capacidade de diálogo; tendo, entre outros cargos, sido em Portugal secretário-geral do Partido Socialista (entre Fevereiro de 1992 e Janeiro de 2002) e primeiro-ministro (liderando o XIII e XIV Governos Constitucionais). A nível internacional presidiu a Internacional Socialista, entre 1995 e 2000; e desempenhou ainda o cargo de Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados desde 2005 até 2015.

Um percurso assinalável, em que a própria nomeação para secretário-geral da ONU foi clara, tendo António Guterres vencido destacadamente a eleição.

Hoje, como secretário-geral da ONU, a sua meta será a mais apetecida de todas: a paz. E nessa meta se baseou para lançar a todos um repto para 2017 - seu 1º ano de mandato: fazer de 2017 um ano para a paz. Não deixe de ver o vídeo:



Se quiser aceder à versão deste vídeo em português poderá faze-lo em:

Investimento Estatal no Seixal

O aprovar do orçamento de estado para 2017 trouxe boas novidades em termos de investimentos a realizar no concelho do Seixal.

Desde logo é de saudar o avançar do novo centro de saúde de Corroios, visando fazer frente a uma necessidade já há muito reconhecida e assumida pela população e autarcas locais. Mas também, e porque as necessidades da população no que toca à oferta pública de cuidados de saúde não se esgota aí, é naturalmente de saudar o disponibilizar de verbas para dar início ao processo de construção do Hospital do Seixal – estão anunciados 10 milhões de euros para esta fase inicial, um claro passo no avançar deste investimento.

Indo ao encontro de uma preocupação antiga e actual temos também as verbas anunciadas para 2017 (6 milhões de euros) que, obtidas entre a BaíaTejo e os fundos comunitários (a 85%), se destinam à descontaminação de uma parcela do espaço da área envolvente à Siderurgia Nacional.

Estamos longe de ter “tudo feito” e o Seixal continua a carecer de investimentos, mas será de bom censo notar que o que se agora se anuncia não é detalhe. É caso para dizer que (também no Seixal) o PS faz; e o PS faz bem.

Neste âmbito não posso deixar de divulgar a moção apresentada pela bancada do PS na Assembleia Municipal do Seixal, pela sua 5ª Sessão Extraordinária de 2016,  a 29 de Novembro:



 Esta moção foi aprovada com: 
- Votos a favor: PS, CDU e BE 
- Abstenção: PSD e CDS

Hoje estamos todos com o povo alemão


Dia 19 de Dezembro, pelas 20:15 (19:15 em Portugal continental) um veículo pesado abalroou um conjunto de peões na zona de um mercado de Natal na Breitscheidplatz em Berlim, causando dezenas de mortos e feridos.

Naturalmente não posso deixar de (também) expressar o meu pesar. Como português, como europeu, como cidadão do mundo… 
Hoje estamos todos com o povo alemão.


Pela integração da pessoa com deficiencia

Hoje comemora-se mais um dia internacional da pessoa com deficiencia.

Aceitar e comprender as diferenças, integrar aqueles que, como todos os outros têm limitações, mas menos habituais ou mais especificas; e adaptar a forma como na sociedade apresentamos os diferentes desafios, de forma a que todos possam ter acesso ás mesmas oportunidades, mais do que solidariedade, trata-se de justiça.

Também no Seixal somos sensiveis a esta temática, e aqui será de recordar o debate promovido pela Comissão Política Concelhia do PS Seixal em Maio (ver aqui); ou a moção que incidia diretamente sobre a temática daqueles que têm mobilidade reduzida, e que foi aprovada no XVII Congresso Distrital da Federação de Setúbal do PS em Março (click aqui).
Uma vez mais, quisemos mostrar o nosso apoio e dedicação a esta causa, tendo a bancada do PS na Assembleia Municipal do Seixal apresentado uma moção sobre o tema na 4ªSessão Extraordinária de 2016: 


- é de referir que a moção foi aprovada por unanimidade (PS, CDU, PSD, BE, CDS).

IRS, IMI e Derrama

Alguém gosta de pagar taxas de uso e/ou impostos? A resposta parece-me óbvia.
Não obstante, todos reconhecemos que o dinheiro tem de vir de algum lado e é mesmo pela contribuição de todos que se criam os orçamentos. Pesar o quanto cabe a cada um contribuir; bem como contabilizar o esforço que se deve pedir, não é detalhe.


Na ultima sessão da Assembleia Municipal, foram votados os valores da derrama, valor do IMI e participação no IRS (clique aqui para aceder à documentação com a definição das propostas).



Quero aqui fazer um ponto prévio, sou da opinião que cair em qualquer tentação de entrar numa espécie de leilão entre partidos do “quem propõe menos” é errado – não se criam impostos por acaso, o valor recebido é mesmo o que define o quanto se pode gastar no orçamento do ano em que as taxas se aplicam. Contudo, cada euro vem dos bolsos dos contribuintes, não faz sentido pedir ás pessoas esforços desnecessários ou excessivos.
Assim, e até porque já em 2017 haverá eleições; parece-me oportuno esclarecer posicionamentos nesta matéria, e não apenas pelo valor e ano a que se aplicam estas taxas de impostos, mas porque faz sentido entender o raciocínio que leva às opções tomadas. Assim, e sobre:

IRS
As autarquias têm direito a uma percentagem do IRS pago pelos seus munícipes – o valor é 5%. Qualquer câmara poderá optar por usufruir dessas receitas por completo, ou simplesmente devolver parte desse valor aos respetivos munícipes. Sendo que cada concelho terá uma realidade distinta, poderá o leitor ter ideia do que se passa a nível nacional aqui (click).
No Seixal, os eleitos do Partido Socialista defendem que, face aos resultados que se vão registando – com folga orçamental (lembrar aqui); se poderia abdicar de parte da receita, aliviando dessa forma a carga fiscal a que os contribuintes seixalenses estão sujeitos. Contrariamente, a CDU continua a optar por manter a obtenção do valor máximo - os 5%.

IMI
Desde que (já à uns anos) se realizou, a nível nacional, a reavaliação dos imóveis o valor recebido pelo Imposto Municipal sobre Imóveis cresceu - o raciocínio é simples mantendo a taxa aplicada, mas fazendo crescer o valor sobre o qual a mesma se aplica (e efetivamente verifica-se que na generalidade as avaliações eram feitas “por cima”) o valor cresce. Se além do valor sobre o qual incide o calculo, se alterar igualmente a percentagem para definição do imposto a pagar, então depende dos valores em questão.
Aqui, e num raciocínio semelhante ao tido com o da comparticipação do IRS; os eleitos do PS entendem que se podia aliviar a carga fiscal sobre os contribuintes, e dessa forma reduzir a percentagem aplicada no cálculo. Sendo que na proposta original (e que face ao contexto de maioria absoluta seria sempre aprovada) a CDU também defende uma taxa menor que a do ano anterior, a diferença é que os eleitos do PS entendem que se podia ir um pouco mais longe, e com um pequeno esforço da autarquia dar aos seixalenses a benesse de pagarem um pouco menos.

Derrama
O valor da derrama define o valor do imposto a aplicar (percentualmente) sobre o lucro das empresas com sede no município, até um valor máximo de 1,5%. Neste aspeto, os eleitos do PS defendem, por um lado com uma diferenciação pelo tamanho da empresa - sendo aplicada uma percentagem mais baixa para empresas com lucros menores e uma percentagem maior para empresas com lucros superiores; e por outro lado, uma diferenciação pelo facto de se criarem e manterem empregos no concelho.

Pelo acesso a aconselhamento legal, a custos reduzidos, via autarquia


Dizer que, na sociedade, todos temos direito a todas as oportunidades é naturalmente falso.
Trabalhar para ajudar a proteger os menos privilegiados será, para um socialista, um natural e justo objetivo. Quando falamos do beneficiar de funções do Estado como a Educação ou a Justiça, a garantia do acesso aos referidos direitos assume-se como uma preocupação ainda mais natural.

Numa comunidade, para a interação de diferentes indivíduos a lei é de natural importância; é da sabedoria popular dizer “cada cabeça sua sentença”; ora, se todos temos opiniões próprias é pela lei que se define o quanto devemos restringir a nossa ação, quais os nossos deveres; bem como ao que (e como), temos direito. Porque sem conhecermos a lei não conhecemos estes limites, o acesso ao devido aconselhamento legal é naturalmente importante.

Contudo, na realidade se analisarmos o dia-a-dia, não só regra geral as pessoas não estão tão conscientes dos contornos das leis, como o acesso a aconselhamento legal gratuito via estado é apenas dado em momentos específicos (como quando se tem de responder em tribunal e é designado um advogado para a defesa do réu). 
Para ter acesso a aconselhamento legal de uma forma menos restrita existem os escritórios de advogados (que são entidades privadas); e a verdade é que olhar ao típico preço de mercado de uma consulta jurídica num consultório privado leva-nos à conclusão que não estando inacessível, o devido aconselhamento jurídico tem por vezes preços que levam a que as pessoas com menores recursos dele abdiquem, e com ele, do pleno conhecimento de seus direitos; e portanto do usufruto dos mesmos.


Porque existe forma de, via autarquia, se viabilizarem consultas de aconselhamento jurídico por valores significativamente mais baixos; mas neste momento no Seixal esse mecanismo não estar a ser usado, o PS não deixou de assinalar (mais) esta oportunidade falhada de melhorar a vida aos munícipes do Seixal, tendo sido apresentada na 3ª Sessão Extraordinária da Assembleia Municipal do Seixal a seguinte declaração política:




Este documento aqui partilhado contém:
 - Página 1: Documento apresentado na 3ªSE de 2016 da Assembleia Municipal 
 - Páginas 2 a 6: Impressão, via site da Ordem dos Advogados, do protocolo entre a Ordem dos Advogados (OA) e a Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE)

Não Troquem Os Nossos Bebés

Não porque procurasse, mas porque com essa realidade me deparei, tomei conhecimento da realidade de trocas de bebés em Portugal, por agentes das "secretas" portuguesas.
Porque uma coisa leva à outra, coordeno desde 30/08 uma (nova) ONG - a 'Não Troquem Os Nossos Bebés', entidade que disponibiliza conteúdos online, mais precisamente

no site/blog: https://NaoTroquemOsNossosBebes.blogspot.com
no facebook: https://www.facebook.com/NaoTroquemOsNossosBebes

Vale a pena usar algum tempo a ler e a perceber esta temática, pelo que aconselho a visita aos links referidos.

Porque ao(à) leitor(a) deste texto provavelmente ocorrerão as mesmas questões que a mim me ocorreram pela altura em que me apercebi, será de esclarecer alguns pontos:


1. Sobre os autores destas ações
A tendência é chamar "secretas" a tudo que extravasa da genérica ação policial; na realidade e porque vemos referências a estas estruturas na comunicação social, podemos destacar, por exemplo o SIS ou o SIED enquanto organismos das "secretas portuguesas" - porque estes organismos terão diversos departamentos, subdivisões e etc; e porque a informação deste tipo de ação não advém de fugas de informação das estruturas, mas das visíveis e evidentes consequências das ações perpetuadas pelas mesmas (e como os agentes não se identificam no momento) é impossível, perante uma ação, apontar o departamento e subdivisão que atuou. Contudo o tipo de poder e autoridade exercido é inequívoco.
O local e alvo das ações também: Portugal e cidadãos portugueses sem ações hostis ao estado português (realizadas ou planeadas), ou sequer sobre a alçada de qualquer represália do "nosso" poder judicial.


2. Sobre a autoridade exercida
É bom esclarecer: a polícia e tribunais são "braços" do poder judicial, contudo há mesmo instancias superiores a que têm de responder. Dessa hierarquia é demonstrativa, por exemplo:

  • o conceito de imunidade diplomática - que entrou no vocabulário do dia-a-dia dos portugueses após o caso das agressões dos filho do embaixador iraniano a um jovem Ponte de Sor, e a impassibilidade da policia e tribunais em os fazer responder por seus atos
  • o conceder de perdões presidenciais, quando sua Excelência o Presidente da República assim o entende, a condenados pelos tribunais portugueses.

Simplesmente há poderes menos publicitados, e que são hierarquicamente superiores àqueles aos com os quais habitualmente lidamos.


3.Sobre um Estado Castigador vs um Estado Abusador
Exatamente porque estamos habituados a ver atuar e a responder perante o poder judicial, quando não está em causa um qualquer abuso de poder dos(as) agente(s), a nossa tendência é olhar com desconfiança para quem se queixa de ser vitima das ações de agentes do estado (afinal de contas há leis).
Ora, acontece que como referido (e regra geral passa-nos ao lado) há poderes que são superiores aos judicial, e dessa forma as suas ações não respondem à leis aprovadas na nossa Assembleia da República.
Partir do princípio todas as ações são mais ou menos justas só pelo autor, será precipitado.
Dizer que um estado nunca é abusivo será desmentir alguns capítulos da nossa história, afinal não houve em Portugal escravatura? perseguições religiosas e autos de fé pela santa inquisição? Antes de Abril de 1974 não houve perseguições políticas e torturas?
Pela europa fora, e no mundo, não é reconhecida na história da civilização a existência de práticas como canibalismo, “prima nocte” ou do apartheid?
Creio que hoje estamos perante de uma prática deste género.


Porque, em boa medida, o seu objetivo é informar, aconselho então a leitura do Manual de Apresentação da 'Não Troquem Os Nossos Bebés': 

Manual Apresentação - 'Não Troquem Os Nossos Bebés"   


Para terminar, parece-me ajustado terminar com a possível resposta a uma pergunta que vejo repetir - trocam bebés para quê?
Para ter conhecimento, de facto, das razões, teria de haver fuga de informação - presumo que seria até perigoso. Sem conhecimento, de facto, enumerar possibilidades seria especular (e portanto um procedimento pouco exato).

Como principio, resta enunciar o óbvio: dependendo da escala de valores e prioridades de cada um, a família costuma vir no topo das prioridades. 
Pessoalmente, e penso de ser o caso da generalidade dos portugueses; sou obrigado a obedecer ás autoridades do país, mas discordo em absoluto deste procedimento - e vivendo nós numa república democrática; em que somos nós, enquanto eleitores, que escolhemos quem manda nestas estruturas e organismos – o mais alto dignatário da nação é o Presidente da República, parece-me absurdo que se continue a trocar bebés a cidadãos portugueses, em Portugal.

É preciso terminar com esta prática!


Festas Populares do Seixal

No passado dia 29 de Setembro (quase será de dizer que a fechar o Verão com a chegada do Outono a 22) foi realizada mais uma sessão da Assembleia Municipal do Seixal.

Será óbvio, mas (e porque por vezes há quem pergunte) parece-me adequado lembrar que no Seixal há efetivamente coisas a mudar; mas também, e como (mais esta) atividade; ou melhor dizendo conjunto de atividades que compõem as festas populares do Seixal demonstram; há iniciativas e tradições que os seixalenses mantêm; e qualquer executivo autárquico deverá sempre acarinhar.

Assim, e aproveitando a oportunidade (e sendo esta a 1ª sessão após o fim das festas), foi com prazer que, pelos eleitos PS,  apresentei em Assembleia a seguinte moção, assinalando estes momentos marcantes do Verão seixalense, saudando os intervenientes/participantes nas mesmas:




É de referir que o documento foi aprovado por unanimidade (PS, PSD, CDU, BE e CDS).