Das descargas de esgotos domésticos na Baía

Lembra-se de algum filme de apresentação sobre o concelho do Seixal? Lembra-se se em algum momento se falava ou mostrava a nossa Baía?
E se fosse o(a) leitor(a), numa apresentação da nossa terra, falaria da nossa Baía?

Pessoalmente, se fosse eu a fazer a referida apresentação seria mesmo muito provável que a focasse. Vejo a Baía do Seixal como um dos cartões de visita do Seixal.
É ainda nas imediações das suas margens que muitos seixalenses vivem, trabalham, praticam desporto ou simplesmente desfrutam do seu tempo de lazer para descansar ou passear. 

Dessa forma os casos de descargas de esgotos não tratados na Baía do Seixal que ocorreram em Janeiro são naturalmente fonte de preocupação. Com o sistema de saneamento a funcionar não há descargas de águas residuais; mas quando há problemas, e tal não é inédito, voltamos a este método. Ou seja, volta e meia, pimba!

Não há mistério nem fórmulas mágicas, há trabalho por fazer! E da manutenção da rede de saneamento à criação de sistemas redundantes que permitam fazer frente a soluções problemáticas importa garantir o erradicar destas descargas na nossa Baía.


Porque no PS temos esta preocupação, neste mesmo âmbito apresentei pela nossa bancada na 1ªSessão Extraordinária de 2019 da Assembleia Municipal do Seixal o documento (moção) seguinte:
 , 


É de assinalar que a moção foi aprovada com: 
- Votos a favor: PS, PSD, PAN, CDS e Sr. Pres. Junta de Fernão Ferro; 
- Abstenção: CDU, BE;
 (sem votos contra)

Ora, como já disse e refere o documento, há aqui mesmo trabalho para fazer... Mãos à obra Sr. Presidente e membros do executivo?



Prefiro a coisa “arrumadinha”


Quem passa nas ruas da nossa capital, porventura já se terá cruzado com os cartazes de um novo partido de direita que se vem colocar à direita dos actuais CDS e PSD: o CHEGA que tem como figura de maior destaque André Ventura, antigo militante social-democrata e candidato pelo PSD á Camara Municipal de Loures em 2017. A nível nacional o agora ex-militante social-democrata tornou-se conhecido pelas suas posições extremadas e pelo adoptar agora deste caminho.

Aqui, tenho a dizer que contrariamente a muitas opiniões que oiço entendo a criação deste movimento como positiva. Não quero ser mal interpretado, não se trata do meu partido ou um posicionamento no espectro partidário em que costume votar, tão-somente simplesmente venho assinalar que este senhor militava –e notoriamente com algum destaque- num dos partidos que costuma ser partido de governo em Portugal: o PSD.

Novamente sinto necessidade de esclarecer para não ser mal-entendido: não estou a generalizar, nem a atacar o PSD ou a generalidade dos seus militantes que aqui acabam por “aparecer na foto” sem qualquer tipo de culpa. Aqui é também de notar que a nossa historia recente nos revela que no Portugal democrático há muito mais gente a rever-se naquilo que o PSD defende, do que nas bandeiras do CHEGA... E aqui a questão é essa: se é fácil distinguir o que uns e outros defendem, o Sr. André Ventura confundiu-se? É que à direita já havia um CDS e já havia um PNR.

O que se passa é que quando alguém se quer tornar militante de um partido politico é lhe dada uma ficha de militância e não um teste; ou seja, na prática nada impede que alguém se filie no partido “do lado” ou até “da outra ponta”; e nenhum partido está imune a isso. Se a estas “confusões” juntarmos a habitual truculência da vida interna dos partidos (sim, é verdade: “ç'est pas la vie en rose”)… até onde pode ir um (ou vários) elemento(s) deslocado(s)?   Percebe o leitor agora o que digo, e o perigo de certas “confusões”?

Não se devem cair em exageros, compreendo e até vejo como saudáveis divergências de opinião entre pessoas intelectualmente honestas, compreendo igualmente que as pessoas no tempo mudem de opinião e portanto de posição sobre as matérias (e ás vezes de partidos), e ninguém quer (ou pelo menos eu), que os militantes sejam meros elementos seguidistas e transformados em rebanhos de “yes-men”... agora vamos ser claros: o PSD não é o CDS, da mesma forma que nenhum dos 2 é o PNR ou o CHEGA do Sr. André Ventura. Da mesma forma o PS não é o BE nem o PCP. As identidades de cada partido são fáceis de identificar. 
Diálogo entre todos: sim é positivo, mas confusões identitárias NÃO!