No passado dia 28, na 2ªSO de 2014 da Assembleia Municipal
do Seixal, aproveitando o ponto de prestação de informação da atividade da
Câmara Municipal do Seixal (CMS) pelo presidente da mesma, tive oportunidade de o questionar sobre a rua dos Operários, e estreitamento desta em frente ao externato “As Joaninhas”, na zona antiga de Amora (em termos de localização, posso referir que se trata da rua que sobe na direção do núcleo antigo de Amora, quando se sai do portão principal do Estádio da Medideira).
Ora acontece que esta rua:
- é bastante estreita,
- tem 2 faixas de calçada nas bermas, mas parece me que são mais
escoadores para a água da chuva do que propriamente passeios :
- inclui no topo num estreitamento em que será impossível
o cruzamento de, por exemplo, 2 camionetas da TST (que aí circulam nos 2
sentidos);
- tem como perigo adicional o facto do externato
“As Joaninhas” ter aí o seu portão de entrada principal, e ser habitual as
pessoas, nomeadamente quando vão buscar as crianças, aí pararem os carros
Para ser mais claro, basta observar as 2 fotos do estreitamento, obtidas sobre a perspetiva de quem circula em qualquer um dos dois sentidos da rua:
Como concordará esta é uma situação de real perigo.
Por isso mesmo, a bancada do Partido Socialista na
Assembleia de Freguesia de Amora já havia
levantado esta questão na sessão do passado dia 25 de Fevereiro, como resposta, o presidente da Junta, o Sr.
Manuel Araújo, referiu estar a ser projetado em conjunto com a Câmara uma
solução baseada no terreno em frente ao externato
(que é propriedade dos "Gameros"), e que consistia em se fazerem neste mesmo terreno (ou em parte do mesmo) algumas obras para resolver o problema.
Assim (e até porque na minha intervenção foi esse projeto que foquei),
estranhei que, quando pedi para me esclarecer sobre:
- a natureza da intervenção
pensada com a junta: se se tratava do alargamento da estrada, passeios e/ou
construção de estacionamentos?
- o custo estimado (e forma de
pagamento) do negócio com os proprietários – contrapartidas (eventualmente
permuta de terrenos?) ou valores monetários (e quanto)?
- qual o agendamento da obra para
resolver o problema
O presidente da CMS, sr. Joaquim Santos, não tenha focado minimamente este
pseudo-processo/intenção.
De fato, na resposta foi apenas referida uma possibilidade levantada no passado, pela CMS, e que consistia na cedência gratuita de parte
do terreno do externato para a câmara realizar algumas obras (parece me aqui pouco provável a oferta de parte do espaço em que o externato funciona, pelo proprietário, de forma gratuita).
Sendo claro: a Assembleia Municipal é o órgão fiscalizador
da atividade da CMS, portanto o presidente da CMS, questionado diretamente
sobre este pseudo-processo/intenção deveria dar-nos informação sobre
o mesmo. A falta desta informação, torna óbvio algo preocupante:
- relativamente à Câmara Municipal do Seixal: que o executivo da não adotou a opção referida pelo presidente da Junta, e que não tem um plano de
intervenção exequível para agir nesta matéria;
- relativamente à Junta de Freguesia de Amora: que o presidente (e
respetivo executivo?) assenta a sua proposta de solução deste caso numa
cooperação com a câmara, que a mesma câmara não tem intenção de fazer.
Tristemente e como consequência direta:
- que a situação de perigo para a população (e até estamos a falar das imediações de um externato) se vai manter, e pior, sem perspetivas de solução no curto prazo.
E (prova-se novamente) que a autarquia precisa de uma nova gestão.