Não é a 1ª
vez que gabo a característica do povo português ser encarado como um país de
“brandos costumes”, aqui vai novamente…
Hoje, vou
socorrer-me de uma lição de história, sabe o leitor a origem da superstição das
6ª’s feiras a dia 13 de um mês?
Já terá certamente
ouvido falar dos cavaleiros templários, na história desta ordem. Acontece que a
dada altura no tempo esta ordem religiosa/militar ganhou inimigos poderosos, de
destacar o Papa Clemente V e o rei de França, Filipe (conhecido como “O Belo”),
para quem como eu gosta de história, aconselho uma pesquisa mais aprofundada,
contudo, e para o que a este texto diz respeito, desta fonte (http://templars.wordpress.com/os-templarios-em-portugal), permito-me destacar:
"Quando, a 13 de Outubro de 1307, Filipe, o Belo, rei de França, com a conivência do Papa Clemente V, logrou concretizar a extinção dos templários, vários monarcas europeus obedeceram às instruções papais. Não foi o caso de D. Dinis. O rei português exigiu, em troca, que o Vaticano o autorizasse a criar uma nova ordem militar e religiosa, que recebeu o nome de Militar Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Temendo que, caso não acedesse à solicitação do rei português, Dinis permitisse a permanência dos templários no seu território, Clemente V aceitou. Aquele que ficou para a história como rei-poeta mas que não era, por isso, menos competente em termos políticos, não perdeu a oportunidade. Transferiu os bens templários para a novel ordem, evitando que caíssem nas mãos papais, e integrou os cavaleiros da Ordem do Templo que o desejassem na Ordem de Cristo, permitindo-lhes escapar à perseguição do Vaticano. Graças a estas medidas, Portugal manteve a capacidade militar e a cultura dos templários, ainda que agora ocultas sob outro rótulo. Seriam os templários a sugerir a plantação do Pinhal de Leiria, para drenagem das áreas pantanosas e para obter madeira para a construção de uma frota. E não foi por acaso que, quando partiram para os Descobrimentos, as naus portuguesas ostentavam nas velas a cruz templária. Mas isso são contas de outro rosário…”
Tenho de
confessar que o episódio (não em Portugal mas na Europa) foi demasiado
sangrento para comparação com o que for, ainda assim a relação dos
ex-templários com a história do nosso país é tão demonstrativo da mais-valia
que uma postura mais aberta nos proporciona que terá sem dúvida de ser vista
como uma brilhante lição que história no ensinou.