Na última sessão da Assembleia Municipal do Seixal, tive oportunidade de voltar a falar sobre a temática de edifícios, no concelho, com estrutura abalada; bem como do tratamento dos mesmos pelos serviços da Câmara Municipal (click aqui para aceder ao artigo anterior).
Assim, focando o exemplo de mais um edifício com problemas, neste caso, um imóvel situado na Torre da Marinha (junto à sede do Torrense), e salientando apenas o que é visível a olho nu – parte da parede caiu e está agora sobre o passeio:
Questionei o Sr. Presidente, sobre se não lhe parecia que a Câmara Municipal do Seixal (CMS) podia ter uma postura mais atuante em casos potencial perigo, em defesa da segurança dos transeuntes… é que efetivamente passava ali gente.
E efetivamente... o tipo de atuação no futuro (porque nada aponta para que a mesma se altere) continua a parecer insuficiente.
Igualmente e aproveitando a deixa, e porque há outros casos, que até têm intervenção dos serviços, mas com abordagens tão díspares que levam a naturais dúvidas sobre a segurança (ou falta dela), pude referir 2 casos:
- O edifício da Mundet, no Seixal, do lado que fica virado para a Baía, foi isolado com placas de zinco (que até foram embelezadas por artistas do concelho).
O paradoxo aqui é que o mesmo edifício é atualmente usado...!
Constatando o que me parece óbvio:
- se há perigo o edifício não deve ser usado;
- se não há perigo, então não faz sentido ocupar parte
do passeioda berma e da rua;
Não querendo dizer que é por contraponto, mas exemplar da falta de coerência na abordagem:
O que é facto é que parecem não ter grande efeito... já que além das pessoas que ali passam junto à parede, há carros estacionados muito próximo do edifício.
Vejamos, se a abordagem com este tipo de placa/aviso é eficaz, então não se deveria usar o mesmo tipo de placa/aviso nas paredes isoladas ou próximas à zona isolada, no edifício da antiga fábrica da Mundet, no exemplo acima referido?
Isolar os edifícios não é sinal de haver maior perigo, que o simples uso destas placas/avisos?
E depois de isolarmos os edifícios, vamos deixar que os mesmos sejam usados?!?
E apenas por principio, que tal pensar em reabilitação urbana, na vertente de recuperação de imóveis?
Intervir, seja demolindo ou restaurando; pensar em parcerias com os proprietários, não seria de elementar bom senso?
Direi mesmo mais, e porque hoje estes casos levam a levantar questões de segurança, impõe-se perguntar:
É preciso que de facto haja danos em terceiros (humanos ou materiais) para que algo mais se faça?
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