É visível – sendo aliás alvo de destaque frequente na
imprensa - o momento que vivemos ao
nível dos preços do imobiliário no país em geral. No Seixal acontece o mesmo,
sendo o pulo dos preços (quer para comprar, quer para arrendar) bastante
significativo, e sentido nos bolsos daqueles que querem “arranjar casa” no
nosso concelho.
Ora, num momento destes… seria de pedir à Câmara Municipal do Seixal (CMS) que tentasse reduzir os efeitos desta subida de preços para os munícipes; contudo aquilo a que assistimos foi ao promover da participação no Salão Imobiliário de Lisboa (evento destinado a
valorizar localidades e imóveis!).
Não é engano, nem confusão; foi isto que fizeram.
Vejamos, faz sentido promover o concelho aos olhos de algumas entidades, e concretamente para as empresas e empresários que cá possam investir e assim criar emprego; mas esse é outro tipo de evento – este caso tem a ver com imóveis e sua valorização.
Não é engano, nem confusão; foi isto que fizeram.
Vejamos, faz sentido promover o concelho aos olhos de algumas entidades, e concretamente para as empresas e empresários que cá possam investir e assim criar emprego; mas esse é outro tipo de evento – este caso tem a ver com imóveis e sua valorização.
Numa fase destas a CMS literalmente promove a subida do
preço dos imoveis no concelho!
E consequências?
Desde logo é de lembrar que “a CMS está no mercado” para
adquirir imóveis no concelho, com vista ao realojar dos habitantes de Vale
Chícharos (Bairro da Jamaica) e assim demolir os prédios do bairro. Ora o
Presidente da CMS já veio dizer que não vão conseguir terminar o processo este ano (veja aqui a noticia), aliás, na ultima Sessão Ordinária da
Assembleia Municipal do Seixal (a 20 de Setembro) eu próprio questionei o executivo sobre o estado
deste processo, e o esclarecimento foi de que faltavam, à data, adquirir a
maioria dos imóveis (faltavam mais de 80% do total) que era, desde o inicio
planeado comprar nesta fase.
Mas a questão nem se limita ao realojamento dos habitantes
de Vale de Chícharos. A população (felizmente) não inclui só pessoas muito
pobres. Sejam os mais (ou menos) jovens que agora saem da casa dos seus pais,
seja quem só agora tem disponibilidade para ter uma habitação própria; é normal
que o mercado funcione, e as pessoas vão mudando de habitação durante a vida, assim
há muitas pessoas que sentem esta subida de preços.
E a CMS faz, ou planeia fazer, algo para reduzir os impactos
da situação?
Faz sentido referir que foi anunciado que se
ia criar um plano para criar habitações a custos controlados para jovens;
contudo, como também sabemos, estas promessas pelo PCP/CDU no Seixal são muitos
vezes para soar bonito mas não para fazer; ou para fazer dali a muito muito
tempo, e neste caso, olhando à proposta de Orçamento para 2020 feita pelo
executivo (entretanto aprovada em câmara e a aguardar discussão e debate em
Assembleia Municipal) estão previstos 50 mil euros... Ora, é de dizer que no mínimo será pouco (com
essa verba, hoje em dia, no Seixal, para adquirir imóveis provavelmente teria
de ser penas 1, e de ser um T0 ou um T1, porque mesmo os T2 no mercado costumam
ser mais caros…).
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