Desenvolvimento económico

É muito usual os políticos apregoarem a necessidade de desenvolvimento económico – sendo este um conceito lato, para a maioria da população poderíamos traduzi-lo por mais emprego, mais e melhores ordenados.

Ora, em diferentes níveis de actuação o estado e as autarquias podem agir de diferentes formas para proporcionarem condições para esse desenvolvimento – sejamos claros, não se criam empregos por decreto, e a relação causa-efeito nem sempre é tão clara; contudo haverá medidas que proporcionam mais ou menos investimento.
Fundamentalmente quem faz investimento procura oportunidades de negócio… e condições para desenvolver a sua actividade - criar produtos ou prestar serviços. Facilitar estas condições será naturalmente meio caminho para atrair investimentos.

Enquanto autarca, estou naturalmente mais sensível ao Seixal.
Aqui, há de fazer uma ressalva – não há bom ou mau emprego, todo o emprego é bom, contudo como diferentes tipos de actividade têm diferentes necessidades; por área será necessário uma abordagem diferente. Dessa forma hoje vou apenas focar me numa dessas áreas.


A mim ocorreu-me uma pergunta: se enquanto empresário, ou representante de um grande empresa, quisesse estabelecer escritórios no Seixal, fosse para os serviços centrais dessa empresa, fosse para instalar um call-center ou outra valência; num tamanho global de, por exemplo 100 lugares sentados; ocorre ao leitor um local (já existente), onde no Seixal tal projecto empresarial se pudesse instalar?
E se em vez disso; se do ponto de vista da Autarquia, se se pretendesse convidar um conjunto de empresários – com investimentos de tamanho igual ao superior ao referido -  a estabelecer as suas “unidades laborais” no Seixal… que espaço lhes indicaria?
Ora, o Seixal tem espaços empresariais, mas  focados em pavilhões-tipo de “fábricas”. No resto quando pensamos, por exemplo, num pequeno  gabinete de contabilidade ou num pequeno escritório de advogados podemos apontar a uma loja ou um apartamento (ou 2 lado a lado) que podem  trabalhar como 1 escritório; contudo para projectos empresariais de maiores dimensões há uma evidente lacuna.

Finalmente, convido  o leitor a adoptar o ponto de vista d@ empresari@; se fosse consigo, e se tivesse de escolher um concelho para se instalar… dava-se ao custo/trabalho de construir de raiz um espaço no Seixal, ou simplesmente instalava-se noutro sítio? Pois…

A oferta cultural e o horário de Verão


Aproximando-nos do Verão muitos portugueses começam a fazer contas de onde e quando vão passar as suas férias – a verdade é que sendo cada vez mais numerosos  aqueles que as dividem pelo ano, outros por imposição da entidade patronal (de que é exemplo o estado em muitos serviços) ou simplesmente por escolha, ainda escolhem os meses mais quentes para o seu período de descanso.

Ora, se em todos os momentos temos dificuldades ou desafios, é também aqui possível vislumbrar oportunidades – afinal, com mais tempo livre, as pessoas não tenderão a procurar mais oferta cultural? Tenho a referir: é para mim um contra-senso que hoje em dia não haja já a preocupação de garantir, ou até mesmo reforçar, os serviços culturais de chancela pública (museus, bibliotecas, etc…) exactamente no período em que os mesmos poderiam ser mais visitados/usados. Em termos de gestão poderíamos simplesmente reorganizar os mapas das férias, ou - como é da definição de emprego sazonal - dar trabalho a pessoas que hoje estão sem emprego, e assim teriam mais uma oportunidade de ganhar experiencia, e naturalmente a correspondente remuneração.

Com este enquadramento, e exactamente porque no Seixal existe diminuição de horários nos tradicionais meses das férias, tive a oportunidade de apresentar, pela bancada  do PS na Assembleia Municipal do Seixal pela 1ªSessão Ordinária de 2018  uma recomendação para se trabalhar no sentido de manter estes serviços/tipo de oferta a funcionar no Verão, como no resto do ano.
Assim, convido–o a ler a referida recomendação (páginas 1 e 2), bem como a consultar o horário praticado no ano passado,  pelos serviços de biblioteca e núcleos museológicos de chancela municipal, pelo concelho (páginas 3, 4 e 5) , no documento seguinte:


É de referir que  moção foi aprovada por maioria com:
 - Votos a favor: PS, PSD, BE, CDS e PAN
 - Votos contra: CDU e Sr. Pres.Junta de Fernão Ferro; 
(não se registaram abstenções)