A discussão
sobre a obrigatoriedade (ou não) da vacinação de crianças trouxe-me a vontade
de chamar deixar minha visão sobre o
tema, e abordando-o de 2 formas distintas:
No que
concerne ao individuo:
Uma criança, apesar de criada por
alguém, existe como individuo; ou seja, apesar de ser indesmentível a influência
de seus pais ou tutores na forma como é criada, na cultura que absorve, ou num
grande número de escolhas em tenra idade; a criança existe enquanto ser singular
e autónomo.
Tanto assim é que hoje em dia já existem limites
legais à autoridade dos pais ou tutores sobre qualquer criança (e todos sabemos); e geralmente até vemos
e aceitamos esses limites como saudáveis – basta lembrar que a segurança social
e a polícia conjuntamente com os tribunais já agem perante casos de maus tratos
físicos, pedofilia ou falta de condições dos pais para criar os filhos. Alguém
contesta estes limites?
Sobre a capacidade de decidir "por si", hoje já limitamos
alguns direitos e deveres a crianças e adolescentes - por exemplo só se pode
votar a partir dos 18 anos, e o tipo de resposta a infracções à lei realizadas
por menores também é tratada de forma diferente de quando os infractores são
maiores de idade.
Assim, e sem sequer discutir o
direito de um adulto em prescindir de um ato médico, caso assim o deseje – no
que toca a menores este direito deverá ser regulado; (e até porque já há regras
e são aceites) não me parece particularmente invasivo que se legisle no sentido
de obrigar a que todas as crianças cumpram um determinado conjunto de procedimentos de segurança.
Exemplo simples? Um plano de vacinação obrigatório.
Da relação do Estado com os
cidadãos
Relembro: hoje como no passado, há trocas de bebés em maternidades portuguesas (click para aceder); e dai resulta
que imensos portugueses e portuguesas não só foram criados por pais que não os
seus biológicos; como criaram filhos que não os seus biológicos (esses acabam criados
por outras pessoas).
Como mediante as trocas, os
casais não controlam onde “vai parar” o seu filho biológico, se o estado “mistura
as famílias” parece-me que enquanto esta prática não terminar, faz sentido
discutir como uniformizar na sociedade alguns conceitos básicos de como são criadas
as crianças (as trocas não são voluntárias; e de entre outras injustiças, não
me parece justo imputar a uns os riscos que outros querem correr – e o ato de abdicar
de abdicar de cuidados de saúde – seja de vacinação ou outros; parece-me que
traz um risco evidente).
3 comentários:
Petição para tornar vacinação obrigatória já tem mais de 10.500 assinaturas n'o Público:
https://www.publico.pt/2017/04/26/sociedade/noticia/peticao-publica-para-tornar-vacinacao-obrigatoria-ja-tem-mais-de-10500-assinaturas-1770048
Não acredito ness história das trocas de bebés nas maternidades. Não me parece que isso aconteca em Portugal.
Para este post, presumo que se reveja na restante argumentação?
Sobre as trocas, veja este vídeo devagar:
https://www.youtube.com/watch?v=ArO3rwBf0EQ
Percebeu?
Para obter mais informação passe na página da ONG no Facebook: https://www.facebook.com/NaoTroquemOsNossosBebes/
e/ou no site: http://naotroquemosnossosbebes.blogspot.pt .
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