Orçamento Participativo... e no Seixal?


Durante os próximos dias ainda é possível votar, e assim ajudar a escolher os projetos a desenvolver em Lisboa por via do Orçamento Participativo (envolvido e promovido no âmbito da iniciativa Lisboa Participa).

Como é do conhecimento geral, a iniciativa Orçamento Participativo consiste em usar uma parte pré-definida do orçamento municipal para investimento em projetos escolhidos pela população; sendo que a lista de projetos pode ser pré-sugerida ou composta por propostas da população em geral.



Em Lisboa (caso-exemplo que me será mais conhecido quer pela proximidade, quer pelo facto de ser a capital do país) esta medida tem já história, e acedendo ao site podemos consultar a lista de projetos que foram assim escolhidos no passado; dê uma vista de olhos no link abaixo:
http://www.lisboaparticipa.pt/pages/orcamentoparticipativo.php/A=711___collection=cml_article

Interessante; não é? 

E digo-o não só pelo resultado… mas também pelo método!


É lugar comum dizer que da participação popular depende a saúde da democracia, ora numa época em que nos queixamos do afastamento da população, do flagelo da abstenção e do desinteresse em geral, é bom ouvir notícias de efetiva participação popular, seja esta participação feita por gente mais ou menos conhecida (naturalmente chamam mais à atenção casos mais conhecidos e publicitados como são os casos de Helena IsabelBetoAndré SardetJoão BaiãoRoberta Medina e Eládio Clímaco, mas basta olhar as redes sociais para perceber há muita gente a querer decidir a forma como é investido parte do valor obtido com os seus impostos e taxas).



Ora se as boas iniciativas são de saudar, são também de adotar (e sim, quando é caso disso, porque não deve haver temas-tabu ou verdades incontestáveis), de melhorar.

Assim, será de olhar o caso do nosso concelho.
É aqui de referir que o PS, também no Seixal, defende a adoção do Orçamento Participativo.
Infelizmente no Seixal... o PS não é poder, e a gestão CDU que há tanto tempo governa o nosso concelho rejeita em absoluto esta medida, vedando aos munícipes a hipótese de escolha.

Esta "opção CDU"  será aliás caracterizadora desta forma de gestão do nosso concelho, em que é marcante a constante fuga a qualquer espaço de debate organizado mais abrangente.